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Manchester City: de vez na Europa?

Por Talisson Ferreira

Desde que foi comprado por Takshin Shinawatra, em 2006, muita coisa mudou na vida do clube. Começaram a frequentar diariamente os tabloides mundiais, aumentaram suas rendas, ganharam novos torcedores e, obviamente, atraíram o interesse de melhores jogadores.

Quando as primeiras contratações foram chegando para a temporada 07/08, tais como: Sven-Göran Eriksson, Rolando Bianchi e Elano, nunca era esperado que em tão pouco tempo o clube frequentasse a elite de times europeia, pois tratava-se de reconstruir um time, não apenas de colocar peças de excelente qualidade.



Logo nos primeiros confrontos da temporada o City mostrou-se forte, principalmente contra o seu maior rival, o Manchester United. No primeiro turno, os Citizens frequentaram por todo o tempo o primeiro turno o topo da tabela, mas, infelizmente, não deram continuidade no restante do campeonato. Caíram pelas tabelas de uma maneira brusca, até mesmo sendo goleado por clubes abaixo de seu poderio técnico, como o Middlesbrough, que foi rebaixado naquele ano.


Quando Shinawatra resolveu vender o clube para o sheik Sulaiman Al-Fahim, o clube aumentou mais ainda seu patamar. Com pouco tempo para agir, o lunático novo dono tentou a contratação de Berbatov, Ronaldo Fenômeno, Cristiano Ronaldo e Fàbregas, todavia, nenhum desses jogadores desembarcou no City of Manchester. Mas ainda havia uma cartada para ser a grande contratação da temporada 08/09: Robinho, que estava insatisfeito no Real Madrid e estava próximo de assinar com o Chelsea, acabou indo para o time azul de Manchester, por cerca de £40M.

A partir dessa contratação, o City começou a ganhar destaque nesse ponto, pois ainda chegaram craques como Tévez (Man Utd), Adebayor e Kolo Touré (Arsenal) que, obviamente, acrescentariam muito mais qualidade do que havia no elenco e mostrava o poder dos Sky Blues de tirar jogadores de seus rivais. Os craques estariam prontos para jogar a temporada de 09/10!

O simples fato de almejar e contratar jogadores deste porte, já colocava o Manchester City como uma das potencias europeias e aumentava seus números de vendas massivamente. Entretanto, ainda faltava o principal do futebol: títulos.


Entretanto, mesmo com essas excelentes contratações, não conseguiram uma boa campanha na Premier League e perderam a vaga na tão sonhada UEFA Champions League, ou seja, seu dono precisava investir ainda mais. Então, para a temporada 10/11, não deixou barato: J. Boateng, Yaya Touré, Kolarov, David Silva, Milner, Balotelli e o conceituado treinador Roberto Mancini também chegariam para tentar levar o clube à glória máxima.

O esforço trouxe recompensa, pois o clube, depois de 35 anos sem vencer um título, acabou levando a FA Cup para o lado azul da cidade, vencendo o Stoke City na final.

Para continuar sua caminhada de títulos, o Manchester City ainda contrataria, após o final da Premier League, alguns grandes reforços para a próxima temporada, mas principalmente contaria com o apoio do excelente Samir Nasri, que veio do Arsenal e o grande atacante Agüero, do Atlético de Madrid. A torcida sentia que dessa vez o clube venceria algo importante, não apenas um título como a FA Cup.

Assim que os jogos começaram, o favoritismo do City foi ficando cada vez mais evidente, principalmente em jogos contra seus maiores rivais. No dia 23 de outubro, quando enfrentaram o Manchester United em pleno Old Trafford, aplicaram uma sonora goleada por 6 a 1. Mas, como nem tudo são flores, o City sofreria até a última rodada.

Para conseguir o seu tão sonhado título da Premier League 11/12, o City precisaria vencer o Q.P.R, mas o pequeno clube dificultou a partida até o último minuto da partida, quando Agüero virou o jogo e consagrou a temporada dos Sky Blues!


Quando o City conseguiu a classificação para a UCL, com toda a certeza não esperava cair em um grupo da morte. Infelizmente, o clube foi sorteado para disputar junto com Borussia Dortmund (ALE), Real Madrid (ESP) e Ajax (HOL) duas vagas para a próxima fase.

Por fim, chegou o dia tão esperado! Os Citizens jamais, talvez, irão esquecer o dia 18 de setembro de 2012, quando estrearam na UCL contra o todo poderoso Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu.

Quando Dzeko abriu o placar para a equipe inglesa, já depois da metade do segundo tempo, poucos acreditavam em uma reação merengue. Atrás, apesar do nervosismo de Nastasic, Hart estava salvando e fazendo uma de suas melhores partidas. Mas havia um jogador que, apesar de estar longe dos holofotes, sempre se mostra presente nos grandes confrontos do City: Yaya Touré.

Apesar de ter levado o empate, com gol do brasileiro Marcelo, pouco tempo depois, em uma cobrança de falta confusa, Kolarov mandou a bola para o fundo do gol e, de novo, o City estava em vantagem. Entretanto, um minuto depois Benzema deixaria tudo empatado novamente. Com toda a certeza, nem o mais pessimista torcedor do City acreditava em uma virada do Real Madrid faltando poucos minutos para o fim do jogo, porém, esqueceram que a equipe Merengue possui Cristiano Ronaldo que, apesar de ser marrento, possui estrela. Em um chute que contou com a falha de Kompany, ao não desviar de cabeça, e também uma falha de Hart, o jogo estava virado. Fim de jogo. O City, em sua terceira estreia de Champions League, não conseguia vencer novamente.

Todavia, ficou a prova de que o elenco é forte e pode fazer frente com os maiores times do continente. Apesar de alguns erros de Mancini, como colocar o jovem Nastasic para estrear logo contra o Real Madrid no Bernabéu lotado, há mais pontos positivos do que negativos do jogo. Apenas, se é que posso dizer isso, podemos culpar os deuses do futebol pela derrota deste tão galáctico time, tanto quanto quem originou este termo e, naquela partida, saíra vencedor.

Esse é o City, essa é a nova cara do futebol. O futebol moderno. Sim, digo eu, o City está de vez consolidado na Europa e muita coisa boa vem por aí.
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