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Permanência da Escócia no Reino Unido e os reflexos no futebol


A Escócia foi às urnas na quinta-feira, 18/09, para o plebiscito que definiria a sua permanência ou a sua saída do Reino Unido.

Com 55.30% dos votos, o NÃO venceu o SIM, que obteve 44.70% dos votos, resultado que garante a Escócia como país integrante do Reino Unido.

A decisão dos escoceses põe fim à celeuma criada com a possibilidade de uma possível vitória do SIM, que causaria impactos na economia, na educação, na moeda etc. Contudo, não haveria grandes mudanças no futebol do país se, porventura, o voto pela independência tivesse vencido. 

A Fifa e a UEFA consideram  a seleção escocesa e a seleção inglesa totalmente independentes, com cada país sendo representado separadamente em campeonatos oficiais, como a Copa do Mundo e a Eurocopa.

Ademais, a Escócia tem o seu campeonato nacional, com todos os times jogando no próprio país, sem que haja participação na Premier League ou na Championship, por exemplo, como acontece com o País de Gales, que tem representantes tanto na primeira, como na segunda divisão do Campeonato Inglês. O Swansea ocupa a terceira posição na atual temporada da Premier League, com 3 vitórias e uma derrota,  ao passo que o Cardiff City ocupa a décima sétima posição na Championship, marcando presença no futebol inglês, o que não ocorre com times escoceses.

Nesse sentido, caso a maioria tivesse votado pela independência, eventual participação no Campeonato Inglês poderia ser dificultada. 

E a opção pelo SIM ou pelo NÃO apresentou divergência entre os dois times mais tradicionais do futebol escocês. O Celtic optava pelo SIM, por não seguirem as raízes protestantes do Reino Unido, ao passo que os Rangers estavam a favor do NÃO, por serem mais conservadores, sem interesse de tornar-se independente do Reino Unido. 

Entre as personalidades do futebol, não houve muita divergência. Sir Alex Ferguson, escocês que virou ídolo no futebol inglês como técnico do Manchester United por trinta anos, e o ex-jogador inglês David Beckham, endossaram a campanha do NÃO e podem ficar tranquilos com a permanência da Escócia no Reino Unido.

Outro fator que poderia apresentar riscos para a Escócia em caso de independência do Reino Unido, seria o poder de voto da seleção do país na FIFA, uma vez que não tem muita representatividade bo futebol. 

Como a independência não se concretizou,  o futebol segue da mesma forma, com a seleção nacional atuando nos campeonatos organizados pela FIFA e UEFA, os times escoceses atuando no campeonato do próprio país, com possibilidade de jogar o Campeonato Inglês, se assim almejaram e sem grandes obstáculos que uma separação poderia implicar e a Escócia continua tendo poder de voto na FIFA, assim como os outros países que compõem o Reino Unido.
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