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O futebol inglês e sua Legião Estrangeira

Foto: IGN e Jafar.

A Premier League, sabidamente, é uma das ligas de futebol mais poderosas do mundo. Sucesso de renda, público e audiência, suas torcidas se alastram pelos quatro cantos do globo, e a tendência é que seu número de torcedores aumente ainda mais.

Contudo, o futebol inglês tem sido notório não apenas por suas qualidades supracitadas, mas pelo excesso de estrangeiros nos clubes. Manchester City, Manchester United, Liverpool, Chelsea e Everton tem um número considerável de estrangeiros em suas fileiras. Se, dentro do campeonato nacional, alguns dos times conseguem bons resultados e títulos, o mesmo nem sempre se repete fora da Inglaterra. A temporada 2014/15 é um exemplo claro disto: nenhum inglês classificou-se para as fases finais da Champions League e Europa League. Isto mostra um fator preocupante: o futebol inglês é investidor, não formador.

Isto tem reflexo igual na Seleção; a participação dos ingleses na Copa foi muito aquém do esperado. A Inglaterra tinha bons valores, mas não foram suficientes para resultados eficazes e a Seleção foi eliminada ainda na fase de grupos. O futebol apresentado foi muito deficitário, e a dependência dos ingleses por Wayne Rooney, que jamais havia marcado gols em uma Copa do Mundo, mostrou que o futebol inglês depende demais de jogadores estrangeiros.

O atual campeão inglês, Manchester City, é um dos melhores exemplos disto: Agüero, Dzeko, Silva, Nasri e Kompany são alguns dos principais jogadores do clube, todos vindos de fora do país. O goleiro Joe Hart é o inglês de maior destaque.

O Chelsea conta com Hazard, Diego Costa, Willian, Drogba, entre outros. O jogador inglês de maior destaque na equipe é John Terry, já com 34 anos.

No United, temos Di Maria, Mata, Falcão Garcia, Van Persie e mais uma legião estrangeira, sobrando para Rooney o papel de estrela local.

Pelos Reds, Coutinho, Alberto Moreno, Lovren, e vários outros. Neste caso, há um número maior de jogadores ingleses no elenco, mas o maior nome local do clube ainda seria o de Steven Gerrard, próximo de completar 35 anos.

Finalmente, no Everton, os Toffees contam com Lukaku, Naismith, Mirallas, Howard, Coleman, Distin, Pienaar e por aí vai. No momento, Stones e Barkley são os destaques locais.

Somados, estes clubes possuem 87 jogadores das mais variadas origens. Sim, vocês não leram errado: 87 é o número. Número suficiente para montar três times completos e competitivos para qualquer competição. No mínimo, é alarmante. Ok, os clubes continuam trilhando o caminho dos títulos, em especial City e Chelsea (que já conquistou a Champions League e a Europa League) nas temporadas mais recentes, mas a falta de revelações ou a falta de uso de garotos nos times de cima acaba refletindo nos resultados, uma hora ou outra.

A pergunta que fica é: será que compensa investir tanto na compra de jogadores (que nem sempre dão os resultados esperados) em detrimento da revelação de valores para o futuro do clube e da Seleção? A temporada 2014/15 foi desastrosa para os ingleses em termos de competições internacionais. Vejamos se a próxima será mais vitoriosa.

Colaborou para esta matéria Patricky Albani.
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