Por Max dos Santos
Você pode não acreditar no fato do Blackburn ter ganho a Premier League em 1995. Aliás, o clube é tricampeão inglês (1912, 1914 e 1995) e hexacampeão da FA Cup (1884, 1885, 1886, 1890, 1891, 1928). Você pode ter achado completamente normal a queda do time para a Championship na temporada passada. Mas o que dizer de um gasto desnecessário? Bom, isso acontece com vários clubes, para não dizer todos. Só que quando uma equipe passa por uma crise financeira, a primeira coisa a ser feita é economizar, realizar cortes. Foi o que o Rovers fez? Não, não foi o que o Rovers fez.
Não basta contratar jogadores, utilizá-los também é uma opção. Porém, parece que alguém esqueceu de avisar isso ao pessoal da Venky's, empresa indiana de processamento de carne de frango e produtos farmacêuticos para aves e humanos que comprou 99,9% das ações do time em 2010. Na verdade, alguém esqueceu de avisar ao senhor conselheiro global Shebby Singh, responsáveis por contratações... nem tão bem sucedidas. Desde 2012 no Blackburn, Singh gastou £600 mil (R$ 1,8 milhão) em cinco jogadores. Todos portugueses.
Até aí você, querido leitor, pode pensar: "Só dois milhões em cinco jogadores? Não é um desperdício." Será? Vejamos:
- Diogo Rosado (superior esquerdo): 23 anos, £135 mil, um jogo pelos Rovers e emprestado ao Benfica B, com chances de contratação definitiva
- Edinho Júnior (superior direito): 19 anos, £150 mil, quatro jogos e emprestado ao Shillong Lajong, campeão da Segunda Divisão do Campeonato Indiano
- Fábio Nunes (centro) 20 anos, £150 mil, sete jogos e o único com chances no time principal
- Paulo Jorge (inferior esquerdo): 20 anos, £156 mil, um jogo e emprestado ao Beroe, 10º colocado do Campeonato Búlgaro
- Nuno Henrique (inferior direito): 26 anos, £65 mil e sequer estreou
Além disso, um agente recebeu um milhão de libras por cuidar das contratações de Danny Murphy, Etuhu (ambos do Fulham), Leon Best (Newcastle) e Kazim-Richards (Galatasaray), este último por empréstimo. Hoje, o Blackburn é um grupo de 38 jogadores (não contando os jogadores emprestados, como os de acima), sendo que apenas treze fazem a folha salarial chegar aos £30 milhões. Tudo isso mais três técnicos demitidos. E um deles ficou pouco menos de dois meses no cargo. 57 dias para ser mais exato.
Sem mencionar que o clube do Ewood Park é o penúltimo colocado da Championship e possui altas chances de cair para a League One - precisa ganhar os próximos jogos e secar pelo menos três adversários para escapar.
Quantos números, não é mesmo? E o grupo Venky's não é o único a brincar de FIFA Manager por aí. Temos o QPR, o PSG, o Manchester City, o Chelsea, embora desses três últimos, respectivamente, um já é de tradição e os outros conseguiram alcançar bons resultados nos últimos anos.
E você, caro leitor? E se você fosse um empresário riquíssimo, entediado e com milhões de rúpias, ou euros, ou petrodólares para gastar num clube de futebol? Assumiria qual equipe? Deixe sua opinião nos comentários.
Você pode não acreditar no fato do Blackburn ter ganho a Premier League em 1995. Aliás, o clube é tricampeão inglês (1912, 1914 e 1995) e hexacampeão da FA Cup (1884, 1885, 1886, 1890, 1891, 1928). Você pode ter achado completamente normal a queda do time para a Championship na temporada passada. Mas o que dizer de um gasto desnecessário? Bom, isso acontece com vários clubes, para não dizer todos. Só que quando uma equipe passa por uma crise financeira, a primeira coisa a ser feita é economizar, realizar cortes. Foi o que o Rovers fez? Não, não foi o que o Rovers fez.
Não basta contratar jogadores, utilizá-los também é uma opção. Porém, parece que alguém esqueceu de avisar isso ao pessoal da Venky's, empresa indiana de processamento de carne de frango e produtos farmacêuticos para aves e humanos que comprou 99,9% das ações do time em 2010. Na verdade, alguém esqueceu de avisar ao senhor conselheiro global Shebby Singh, responsáveis por contratações... nem tão bem sucedidas. Desde 2012 no Blackburn, Singh gastou £600 mil (R$ 1,8 milhão) em cinco jogadores. Todos portugueses.
Até aí você, querido leitor, pode pensar: "Só dois milhões em cinco jogadores? Não é um desperdício." Será? Vejamos:
- Diogo Rosado (superior esquerdo): 23 anos, £135 mil, um jogo pelos Rovers e emprestado ao Benfica B, com chances de contratação definitiva
- Edinho Júnior (superior direito): 19 anos, £150 mil, quatro jogos e emprestado ao Shillong Lajong, campeão da Segunda Divisão do Campeonato Indiano
- Fábio Nunes (centro) 20 anos, £150 mil, sete jogos e o único com chances no time principal
- Paulo Jorge (inferior esquerdo): 20 anos, £156 mil, um jogo e emprestado ao Beroe, 10º colocado do Campeonato Búlgaro
- Nuno Henrique (inferior direito): 26 anos, £65 mil e sequer estreou
Além disso, um agente recebeu um milhão de libras por cuidar das contratações de Danny Murphy, Etuhu (ambos do Fulham), Leon Best (Newcastle) e Kazim-Richards (Galatasaray), este último por empréstimo. Hoje, o Blackburn é um grupo de 38 jogadores (não contando os jogadores emprestados, como os de acima), sendo que apenas treze fazem a folha salarial chegar aos £30 milhões. Tudo isso mais três técnicos demitidos. E um deles ficou pouco menos de dois meses no cargo. 57 dias para ser mais exato.
Sem mencionar que o clube do Ewood Park é o penúltimo colocado da Championship e possui altas chances de cair para a League One - precisa ganhar os próximos jogos e secar pelo menos três adversários para escapar.
Quantos números, não é mesmo? E o grupo Venky's não é o único a brincar de FIFA Manager por aí. Temos o QPR, o PSG, o Manchester City, o Chelsea, embora desses três últimos, respectivamente, um já é de tradição e os outros conseguiram alcançar bons resultados nos últimos anos.
E você, caro leitor? E se você fosse um empresário riquíssimo, entediado e com milhões de rúpias, ou euros, ou petrodólares para gastar num clube de futebol? Assumiria qual equipe? Deixe sua opinião nos comentários.
Sem dúvidas, eu investiria no Newcastle, torço pro Arsenal, mas meu sonho sempre foi ver o Newcastle disputando o título...
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