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Frustração de Rooney com o resultado (Foto: Sky Sports) |
Inglaterra perde para Itália e pode se complicarO primeiro ponto a se destacar está no meio-campo e se chama Steven Gerrard. Jogador mais experiente entre os titulares e peça crucial do time, o jogador do Liverpool não rendeu o suficiente no jogo. Gerrard jogou posicionado mais próximo da defesa, como um segundo volante, função que ele desempenha atualmente no Liverpool. Mas diferentemente de suas atuações nos Reds, o veterano não conseguiu desenvolver seu papel principal: cadenciar o jogo no meio-campo e puxar as jogadas da defesa para intermediária, usando sua inteligência e qualidade no passe. Pesa à favor do capitão o fato da sua defesa não ter feito um bom jogo, obrigando-o a assumir uma posição defensiva na maior parte do tempo. Ainda assim, não se pode dizer que Gerrard fez uma grande partida contra a Itália.
Galeria de imagensAlém de Gerrard, o restante do meio-campo inglês não funcionou bem. Jogando na frente da área, Rooney ficou perdido no meio do mar de jogadores italianos e não apareceu muito no jogo. Coube ao jovem Sterling, quase que solitariamente, a obrigação de buscar espaços entre a marcação adversária. Espaços estes, na maioria das vezes criados pelas laterais. Rooney era o jogador que deveria finalizar as jogadas, encontrar espaços para o último passe, deixando Sturridge e Welbeck na cara do gol — Welbeck que, ressalte-se, teve mais uma atuação extremamente apagada. Entretanto, a marcação da Azzurra anulou seu estilo de jogo rápido, povoando a intermediária com linhas de marcação fortíssimas e bem posicionadas. Já no final da partida, o jogador dos Red Devils passou a jogar quase como um centroavante, tentando encontrar um modo de ser mais decisivo.
Assista aos golsOutro fator que prejudicou a eficiência do setor do meio-campo da Inglaterra foi a descompactação do time. Sturridge e Welbeck aguardavam a bola dentro da área, Gerrard e Henderson não ajudavam como deveriam na transição e Rooney estava perdido na marcação adversária. A distância entre os jogadores dificultou ainda mais a criação de jogadas do English Team. Os melhores lances saíram dos pés da dupla Sterling e Johnson, que apoiavam bastante nas subidas de contra-ataque. Aliás, vale lembrar que os contra-ataques rápidos do time inglês foram um dos poucos pontos positivos da equipe no jogo. Foi assim que saiu o gol de Sturridge e as melhores chances do time no jogo.
É claro que o resultado não foi o desastre total, visto que se tratava de dois campeões mundiais e cinco troféus de Copa do Mundo dentro de campo. A Inglaterra conseguiu bons lances durante o jogo e, não fosse o goleiro Sirigu, o resultado poderia ser até favorável. O time inglês chutou mais e com mais precisão que a Itália, além de ter trocado muitos certeiros durante a partida. O potencial do time é inegável e o próximo duelo contra o Uruguai, time que já se mostrou instável defensivamente enfrentando a Costa Rica, é uma grande oportunidade de mostrá-lo. Agora cabe a Roy Hodgson encontrar um meio de fazer a Inglaterra funcionar.