
Quando a ideia surgiu em 2008, ela foi prontamente criticada e rejeitada, principalmente pelos técnicos e jogadores. Sir Alex Ferguson chegou a declarar que “Eu não acho que um dia vá haver um 39º jogo e não acho que deveria ter. Eu não sou a favor disso. Você olha para a nossa programação doméstica junto das copas e isso é impossível”, declarou o lendário ex-treinador do Manchester United.
Agora com o assunto de novo em pauta, o vice-presidente da FIFA Jim Boyce disse a BBC que a preferência da entidade é que as partidas sejam em seus próprios territórios. “É algo que precisa ser bem observado pela FIFA e pela UEFA.“, completou.
Outro porta-voz ainda declarou que a torcida é um grande fator a ser avaliado para a tomada da decisão. “Mais uma vez a ideia de mudanças drásticas surgiu sem nenhuma consulta a um dos grupos que mais interessa com essa mudança, os torcedores”.
Os clubes por sua vez, parecem interessados, principalmente os com mais atração do mercado estrangeiro e mais que mais atraem torcida, como Chelsea, Arsenal e Manchester United. Após o grande sucesso dos amistosos disputados nos Estados Unidos, principalmente aquele disputado entre os Red Devils e o Real Madrid, atraindo incríveis 109 mil espectadores em Michigan, a situação pareceu cada vez mais interessante, podendo ser um outro possível destino para a Premier League.
Por falar nos norte-americanos, a decisão sofre bastante influência como o sucesso provocado pela expansão das partidas das grandes ligas americanas. Como exemplo, a NFL realiza pelo menos uma vez por ano uma partida no novo Wembley. Na edição da temporada de 2014, esse número atingiu o total de três, sendo que o Buffalo Bills também sedia uma vez por ano uma partida no Canadá. A NBA também frequentemente realiza partidas em Londres e no próximo sábado, o Cleveland Cavaliers e o Miami Heat irão se enfrentar no Brasil, no Rio de Janeiro.
Quando perguntado sobre o tamanho da influência de ter um time de alto nível jogando em seu país, Tim Leiweke, dirigente da Major League Soccer declarou: “Os americanos são mimados. Eles têm os melhores jogadores de basquete, de beisebol de hóquei no gelo e futebol americano do mundo. Mas eles não têm os melhores jogadores de futebol do mundo.”